quarta-feira, julho 22, 2015

Um real Porto de abrigo para Casillas

O comunicado através do qual o Real Madrid anunciou formalmente que Iker Casillas, "o maior guarda-redes da nossa história", estava a deixar o clube para ingressar no FC Porto surgiu precisamente (ao minuto) cinco anos após ele a Espanha terem começado o prolongamento frente à Holanda que daria o título mundial ao país vizinho.

Trata-se de uma notável ironia do destino, mas, ainda assim, típica de "San Iker". Para além de todos os troféus que conquistou e para além de todo o seu inegável talento, Casillas é um daqueles desportistas a quem as coisas teimam invariavelmente em "acontecer". Desde esquecer-se de registar o boletim de apostas dos seus pais num dia em que teriam ganho uma boa quantia de dinheiro, até irem buscá-lo a uma aula para viajar até à Noruega e ser, com 16 anos, o guarda-redes suplente do Real Madrid num encontro da UEFA Champions League frente ao Rosenborg, há qualquer coisa de magnético neste indivíduo que atrai "acontecimentos".




Quando não era a primeira opção para a baliza da Espanha, o seu rival nessa altura, Santiago Cañizares deixou cair a garrafa de "after-shave" e cortou-se, ferindo-se com a gravidade suficiente para ficar de fora do Mundial 2002, na Coreia/Japão, deixando o caminho aberto para Casillas poder tornar-se no titular indiscutível da baliza da "Roja".
Depois, quando este "Madridista" dos quatro costados descobriu o seu alter-ego futebolístico, teve que ser um igualmente talentoso catalão e igualmente fanático "culé", Xavi. A admiração era mútua e a amizade retribuída em igual quantidade, dado tudo porque passaram nas selecções espanholas, mesmo sendo cada um a bandeira maior do rival.

Quando perdeu a titularidade pela primeira vez na carreira, por Vicente Del Bosque, em 2002, foi precisamente para se sentar no banco na final da UEFA Champions League disputada no mítico Hampden Park, em Glasgow, frente ao Bayer Leverkusen. A baliza seria entregue a Cesar. Mas, como já se viu, falamos de Casillas. A sua carreira mostra que não é apenas ele que influencia os grandes acontecimentos na sua vida desportiva… As coisas parecem acontecer-lhe, sem que, no entanto, faça grande esforço por isso.
A final de 2002 estava no seu possível ponto de viragem: O Real Madrid estava em vantagem, por 2-1, mas o Bayer Leverkusen parecia cada vez mais forte e pressionava fortemente à procura de um empate e os madrilenos, mais velhos e experientes e com mais jogos nas pernas, começaram a vacilar fisicamente. E eis, então, que Cesar se lesionou.

Parecia mal-preparado para entrar em campo e logo para o jogo mais importante do calendário clubístico internacional. Em face disto, pairava no ar a sensação que, mais tarde ou mais cedo, o Bayer Leverkusen empataria e levaria a decisão para o prolongamento e, eventualmente, para as grandes penalidades. Ao invés, Casillas, então com 20 anos, conquistou a sua segunda medalha de vencedor da UEFA Champions League com um conjunto de defesas miraculosas (com particular destaque para uma com os pés, a remate de Dimitar Berbatov a menos de um metro da baliza).


A partir dessa altura, tornou-se numa das figuras mais reverenciadas do Real Madrid, estatuto que manterá até ao final dos seus dias, dada a longevidade e sucesso da carreira ao mais alto nível. Mas mesmo que Cesar não se tivesse lesionado… as coisas continuariam a acontecer a Casillas. E acredito ser por razões como esta que existe muita gente que não gosta dele e que há um tom generalizado de "subvalorização" em seu redor, mas que apenas ganhou a luz do dia apoiada pela decisão de Mourinho em conceder a titularidade a Diego López.

A sua alcunha, "San Iker", surgiu após darem conta que salvou clube e selecção com mini-milagres praticamente a cada jogo (sim, houve uma época em que o Real Madrid foi a equipa que mais remates sofreu em direcção às suas redes). No entanto, o uso da alcunha também deixava no ar a ideia de que Casillas beneficiava, de alguma forma, de protecção divina. Essa sorte e uma vida de privilégio teriam simplesmente caído ao seu colo. 

Obviamente, não acho que tenha sido assim. Parte da sua grandeza – e sim, considero Casillas um dos melhores guarda-redes de todos os tempos, mesmo não sendo particularmente famoso no jogo aéreo ou com os pés – é que ele escolhe fazer as coisas acontecerem. É ele quem escolhe o seu trajecto (como ingressar no FC Porto, quando tinha contrato por mais dois anos com o Real Madrid, de quem continuaria a ser, certamente, capitão de equipa), o seu carácter, a sua forma de ser, o seu estilo de guarda-redes ou a forma como mantém as suas relações pessoais – para o bem e para o mal.

Os seus momentos mais importantes ocorreram sempre em duelos individuais, fosse em lances de bola corrida ou em desempates por grandes penalidades. Toda a gente se lembra da final do Mundial 2010, em que negou por duas vezes o golo perante um isolado Arjen Robben, jogador que, no entanto, quatro anos depois, no Brasil, fez praticamente o que quis do guarda-redes espanhol, naquela que foi a pior noite da sua carreira futebolística.


E é principalmente naqueles momentos em que as responsabilidades recaem sobre os seus ombros que Casillas mais brilha. É alguém que toma decisões acertadas em fracções de segundo, pouco preocupado por ter os olhos do Mundo sobre si, alguém que assume responsabilidades. Tanto dentro como fora dos relvados.
Portanto, quando chegou à altura do desempate por grandes penalidades na meia-final do EURO 2008 entre a Espanha e a sua "bête noire" Itália, Casillas não quis quaisquer conselhos ou verificar dados estatísticos relativamente aos potenciais marcadores italianos. Disse ao treinador de guarda-redes José Manuel Otxotorena que iria seguir os seus instintos e que queria ficar sozinho com os seus pensamentos e sexto sentido.



Casillas foi à procura do sucesso e repetidamente o foi conseguindo. Durante as suas três conquistas da UEFA Champions League sofreu apenas um golo (o de Diego Godín, na final de 2014, em Lisboa, frente ao Atlético Madrid, no qual teve uma saída dos postes para tentar interceptar o cruzamento que o deixou a meio-caminho e a socar o vazio). No entanto, o erro de Casillas foi emendado no último minuto pelo amigo Sergio Ramos e quase sublimado no prolongamento com os golos de Gareth Bale, Marcelo e Cristiano Ronaldo. "Eu queria que, naquele momento, o relvado se abrisse e me engolisse", confessou o capitão do Real Madrid no final do encontro.



Enquanto todos se lembram desse erro garrafal de Casillas por ter sido no encontro que foi, assim como pela prestação sofrível, meses depois, com a Holanda, durante o Mundial  2014, poucos se recordam que se trata do guardião com mais jogos disputados ao serviço de uma selecção e que é guarda-redes que mais vezes manteve as suas redes invioladas em encontros pelo seu país.

Ninguém se parece dar conta que, nas últimas seis temporadas na UEFA Champions League, só Manuel Neuer manteve a sua baliza inviolada mais vezes que Casillas (precisamente só mais uma). Trata-se de um registo absolutamente fenomenal, uma vez que o Real Madrid não é propriamente conhecido pela sua impermeabilidade defensiva.

Nenhum destes factos "aconteceu" a Casillas. Antes foi ele quem os fez acontecer. Há muito que Casillas decidiu pretender ser ele próprio e, em abono da verdade, nunca foi um "pé de microfone" ou um "pau mandado" de alguém de dentro do clube, fosse ele treinador, dirigente ou mesmo o presidente. Sempre disse ao longo dos anos que preferia ser recordado antes como "um homem decente" do que como "um grande guarda-redes", tema que voltou a repetir no domingo, quando se apresentou sozinho perante os jornalistas.

Portanto, quando chegou a altura, como capitão do Real Madrid e da selecção de Espanha, Casillas sentiu ser chegada a hora de manifestar-se contra a "política de terra queimada" protagonizada por Mourinho que visava desestabilizar o Barcelona de Josep Guardiola. As guerras do "El Clásico" alimentadas pelo treinador português haviam atingido níveis de elevada perversidade e ameaçavam acabar com a harmonia existente na selecção espanhola, a poucos meses da tentativa de revalidação do título europeu em 2012, o que, como se sabe, até veio a acontecer.

O mais fácil seria, como alguns fizeram, apenas defenderem as posições daqueles para os quais trabalhavam diariamente. Mas Casillas nunca escolhe o caminho mais fácil, como ficou demonstrado com a saída para o FC Porto. Após a batalha que foi a Supertaça espanhola de 2011, foi ele que, como capitão de Espanha, ouviu o aviso do seleccionador Del Bosque, que alertava para que o problema fosse resolvido pelos próprios jogadores antes que ele próprio o resolvesse de forma inequívoca.

Casillas telefonou a Xavi e a Carles Puyol, não para pedir desculpa pelo que a animosidade de Mourinho trouxe ao "Clássico", mas para dizer que aquilo "tinha que acabar. Há que assumir mutuamente as responsabilidades. Independentemente das divergências entre clubes, temos um Campeonato da Europa para ganhar no próximo Verão". Assumiu uma posição difícil, auto-sacrificando-se em prol do seu país.
Mourinho, claro está, não aprovou e, à primeira ocasião, tratou de retirar-lhe a titularidade, lançando uma campanha na imprensa que visava desacreditar o capitão da sua própria equipa. Em Dezembro de 2012, concedeu mesmo a baliza a Antonio Adán, que acabou, sem surpresa, por comprometer quando foi chamado a defender a baliza do Real Madrid, e teve que esperar até ao início da temporada seguinte para poder voltar a retirar a titularidade a Casillas.



Pouco depois, Casillas lesionou-se e teve a maior paragem competitiva da sua carreira. Há quem diga que, desde então, nunca mais foi o guarda-redes autoritário e fiável que garantia vitórias. E sim, é verdade que não mais regressou a níveis próximos do apogeu da sua carreira. Mais ainda no que toca à selecção espanhola do que ao Real Madrid, o seu declínio nos últimos dois anos tem sido evidente. Mas, de repente, Casillas deu-se conta que o seu treinador mais lhe parecia um inimigo do que o seu técnico.

Casillas confessou que se sentiu "isolado, como se tivesse a peste" e manifestou o seu choque por, de repente, começarem a surgir vários artigos de opinião nos quais o tratavam por "traidor" e como "o bufo do balneário".

Convém referir que, na única época do consulado de Mourinho em que o Real Madrid nada ganhou foi na temporada em que Casillas, primeiro, perdeu a titularidade e, depois, se lesionou. Também não deixa de ser curioso que, na primeira época de Carlo Ancelotti como técnico dos "merengues", na qual lhe permitiram jogar "apenas" na UEFA Champions League e Taça do Rei, o Real Madrid venceu ambas as provas nas quais contou com Casillas como titular, mas perdeu a Liga na qual foi suplente de Diego López.
Durante a fase mais tumultuosa da sua vida, tanto desportiva como pessoal, Casillas também bateu um recorde para jogos sem sofrer golos tanto na Taça do Rei como na Champions League. Após a opção de Mourinho de lhe retirar o estatuto de indiscutível, Casillas ainda conquistou mais quatro troféus pelo Real Madrid, tendo mantido as redes invioladas em duas dessas finais. Mas, ao passo que as escolhas de Mourinho foram efectuadas pelas piores razões, criaram amarguras desnecessárias e, em última análise, se revelaram desacertadas, foi precisamente a mesma essência das escolhas pessoais e profissionais de Casillas que acrescentaram razões às do seu treinador para que este lhe virasse as costas.



O guarda-redes de 34 anos é um futebolista "muito particular". É alguém que parece ter atitudes mais próprias de tempos idos. Aqueles que beneficiam do seu talento aceitam que Casillas faz as coisas à sua maneira. Ele escolherá, por vezes, envolver-se na sua própria bolha e ficar apenas com os seus pensamentos – depositará inteira confiança nas suas próprias capacidades e instintos, mais do que nas técnicas e metodologias modernas do treino.

Isto significa que, com esta forma de ser, quando as coisas não lhe correm de feição e numa altura em que é cada vez mais necessário combater a idade com o mesmo empenho com que se luta frente a adversários e inimigos, Casillas tem pouco onde e em quem se apoiar. Nos tempos de hoje, o futebolista que abraça as formas de pensar e tecnologias mais modernas, que se adapte melhor e que se der conta que "as coisas não serão sempre da forma como são actualmente" será aquele que melhor lidará com os momentos menos bons. No entanto, conforme Paul Anka escreveu para a canção eternizada por Frank Sinatra, Casillas faz as coisas "à sua maneira".

E isto é, sem dúvida, algo que sempre fez confusão a Mourinho, Ancelotti e aos respectivos treinadores de guarda-redes, Silvino e Villiam Vecchi, respectivamente. Já Vicente Del Bosque, talvez por conhecer Casillas desde muito jovem, lida com as suas idiossincrasias e aproveita esse conhecimento mais aprofundado para extrair o melhor rendimento do guardião, sendo que o último Mundial (mais concretamente os jogos com a Holanda e Chile) constituiu a excepção a uma regra de sucesso.

Outra coisa que não foi muito bem recebida por Mourinho foi a visão que Casillas tinha da capitania do Real Madrid. O guarda-redes considerava que discutir (discutir, contrariar e, por vezes, mesmo lutar verbalmente) com Mourinho fazia parte das funções do cargo que ocupava, uma vez fazê-lo, em seu entender, para bem da equipa e do clube. Isso era Casillas a agir e não a deixar as coisas acontecerem por si. E se isso perturbou(-o) e erodiu o seu próprio estatuto no seio do clube e dos seus adeptos, ao ponto de as suas decisões levarem a que alguns ficassem contra si, tanto melhor. Tenho dúvidas que Casillas se tenha arrependido das suas decisões ou que não voltasse a fazer tudo de novo, caso tivesse que reiniciar a carreira.

Casillas disse, ainda no final de Maio, que não conseguia "conceber-se noutro clube na próxima época". Disse também que acolheria de braços abertos o novo treinador do Real Madrid, Rafa Benítez, e que encararia de bom-grado ter de discutir a baliza do clube com David De Gea, caso este fosse contratado ao Manchester United, para além de ter recordado todos que não havia qualquer cláusula no seu contrato que dissesse que tinha de ser o titular do Real Madrid.

Casillas pensava e queria ficar no clube que o acolhia há 25 anos. No entanto, foi sentindo cada vez mais resistência à sua continuidade da parte, entre outras pessoas, do presidente do clube, Florentino Pérez. Ao mesmo tempo, o homólogo do FC Porto, Jorge Nuno Pinto da Costa, incentivado pelo treinador Julen Lopetegui, com quem já trabalhara nas camadas jovens do Real Madrid, fizeram-no sentir-se mais desejado no Porto do que actualmente na capital espanhola, apresentando uma proposta concreta aos "merengues" e garantindo ao guarda-redes um estatuto à prova de bala enquanto trabalhasse para os azuis e brancos.



E, apesar de os seus pais (com quem está de relações cortadas desde que lhes tirou o controlo da empresa que haviam criado consigo para gerir os seus investimentos) não lhe terem feito quaisquer favores - ao criticarem fortemente Florentino num dos mais importantes jornais espanhóis, ao mesmo tempo que consideraram o FC Porto como uma opção de "Segunda [divisão] B" para o seu filho continuar a carreira e alertaram para que o seu filho "não terminasse na 'bancarrota', como Vítor Baía" [atitude que levou Casillas a pedir desculpas directamente ao antigo guardião do FC Porto, um dos seus ídolos de infância], é claro que Casillas se sentiu forçado a sair do clube da sua vida.

Tal como Del Bosque, Fernando Hierro, Fernando Morientes ou Raúl antes de si, a saída de Casillas foi somente mais uma de uma lenda do clube alvo das purgas típicas de Florentino Pérez, pese embora a ideia que este quis fazer passar a quando da conferência conjunta de despedida convocada à pressa, de que fora Casillas a pedir para sair, instando os "merengues" a aceitarem a proposta do FC Porto e a pagarem a diferença que restava do seu contrato para os valores propostos pelos portistas.

Não havia qualquer obrigatoriedade da parte do Real Madrid em garantir-lhe a permanência no plantel. O clube estava no seu pleno direito de reestruturar o plantel e planear um futuro sem o guardião de 34 anos. É uma das lendas vivas do Real Madrid, mas não tinha automaticamente que fazer parte do futuro do clube, tanto a curto como a médio prazo.
Mas onde o Real Madrid falhou foi no seu tratamento com o jogador desde os últimos dias de 2012. Tem havido uma falta de classe, de respeito e de reconhecimento por aquilo que fez pelo clube e que nem a cerimónia de despedida arranjada à pressa no último dia conseguiu fazer disfarçar.


O desporto (e o futebol em especial) está cheio de situações assim. E, apesar de o tempo de Casillas no clube que ajudou a tornar ainda maior do que era estivesse mais próximo do seu final do que o desejado pelos seus apoiantes, haveria, certamente, uma forma mais graciosa para o final de uma relação de 25 anos. Mas, tal como aconteceu com casos anteriores, o Real Madrid não entendeu desse modo ou não quis que assim fosse.
Jordi Alba, lateral-esquerdo do Barcelona e companheiro de Casillas na selecção espanhola, disse, por exemplo, que o seu clube jamais se despediria de Casillas da forma como o Real Madrid o fez, citando o exemplo da saída de Xavi para o Qatar após 24 anos em Camp Nou.

É irónico que as palavras do comunicado do Real Madrid a anunciar o fim da relação tenham sido as únicas manifestações de afecto, contextualização, respeito e reconhecimento daquilo que, com os seus actos, Casillas deu ao melhor clube do Século XX para a FIFA – mesmo quando já tendo vindo tarde demais.

Pode ler-se o seguinte numa determinada parte do comunicado oficial:
"… hoje, o melhor guarda-redes da história do clube e do futebol espanhol parte para uma nova etapa na sua carreira futebolística. Esta despedida evoca milhares de sensações e memórias carregadas de esperança, antecipação, sacrifício, força e triunfo únicas. O Iker tornou o nosso escudo ainda maior. Ele tem sido o nosso capitão e forjou a sua lenda aqui desde que cá chegou, com apenas nove anos.
O nosso clube tem 113 anos e Casillas vestiu a nossa camisola durante 25 desses anos. Durante esse tempo, tornou-se num dos nossos maiores líderes e ganhou o respeito, afecto, admiração e o amor dos adeptos. O Iker deixa-nos, mas o seu legado durará para sempre. A sua atitude e acções nos 725 jogos em que participou com a nossa camisola iluminarão o caminho daqueles que sonham fazer parte desta equipa".


Agora, esperam a Casillas dois anos no FC Porto, onde voltará a estar sob os holofotes, mas, em boa parte, por ser Iker Casillas, o guarda-redes que escolheu deixar o maior clube do Mundo para ingressar na "opção de Segunda B", como disse, de forma algo despeitada, a sua mãe.

Não tendo a grandeza do Real Madrid, o FC Porto é, apesar de tudo, uma equipa respeitada na Europa, que luta por todos os troféus em Portugal, país onde tem sido hegemónico nas últimas décadas e que, mais importante nesta altura para Casillas, o fez sentir-se desejado. Acaba por ser um Porto de abrigo para quem estava cansado de passar constantemente por Reais tormentas.

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